Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI

Faculdade de Farmácia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Substâncias Ergásticas Presentes nas Folhas

 

 

 

 

 

 

 

 

Relatório apresentado a FASI, curso de Farmácia,

2º período, como forma de avaliação parcial das

aulas práticas na disciplina de Farmacobotânica.

 

 

Prof. Dr. Guilherme Araújo Lacerda

 

 

 

1. Introdução

 

           Histologia, palavra proveniente do grego que significa estudo do tecido, corresponde à parte da Botânica que se dedica ao estudo dos tecidos. O conhecimento de histologia vegetal, no que diz respeito a sua importância, possibilita sob critério didático, classificar os tecidos em duas grandes categorias: Permanente simples (parênquima, colênquima, esclerênquima e súber) e os complexos ( epiderme, floema e xilema).

            Substâncias ergásticas (do grego ergazesthai = trabalhar) são produtos resultantes do metabolismo celular e que assumem forma visível no interior das células, sendo, por isto, também denominadas de inclusões celulares.

              As substâncias ergásticas podem ser de natureza orgânica ou inorgânica.


2. Objetivo

 

            Observar a presença de substâncias ergásticas nos espécimes vegetais da coleção do laminário botânico permanente da instituição.

 

3. Materiais e Métodos

 

01 Microscópios ópticos;

05 Lâminas de cada caixa do laminário de botânica nºs 03B; 09B; 47B; 02B; 48B;

01 Microscópio trinocular acoplado a TV.    

1) Acompanhar a leitura das lâminas através do roteiro de aulas práticas sendo:

03B - Moraceae - carbonato de cálcio (H/FB)

Ficus retusa - folha - Corte transversal

09B - Myrtaceae - glândulas (H/F)

Eucaliptus sp. - folha - Corte transversal

47B - Papilionaceae - fibras cristalíferas (H/F)

Cassia alata - pecíolo - Corte longitudinal

02B - Haloragaceae - oxalato de cálcio (drusa) (H/FB)

Myriopphyllum brasiliensis - corte transversal

48B - Aracaceae - câmaras com oxalato de cálcio (H/F) Philodendron sp. - pecíolo - corte transversal

Figura 01. Lâmina 48B corte de pecíolo foliar focalizado na objetiva de 40. Foto (Amanda Dias Martins).

Figura 01. Lâmina 48B corte de pecíolo foliar focalizado na objetiva de 40. Foto (Amanda Dias Martins).

Figura 02. Lâmina 3B corte de fícus retusa focalizado na objetiva de 40. Foto ( Edvânia Alves da Silva Ferreira)

Figura 03. Lâmina 9B corte da folha de Eucalipto focalizado na objetiva de 40. Foto (Thiago Alves Xavier dos Santos)

 

Figura 04. Lâmina 47B corte de pecíolo da folha de cácia focalizado na objetiva de 40. Foto (Edvânia Alves da Silva Ferreira).

 

4. Resultados e Discussão

 

           Na lâmina 3B com corte transversal da folha fícus retusa foi observado a presença de drusa, que são cristais de oxalato de cálcio, estes são considerados como produtos finais do metabolismo celular, e é uma inclusão muito comum nos tecidos vegetais. Os cristais apresentam em diversas formas cristalinas, como drusas, ráfides, areia, cristais prismáticos e cristais.

Na lâmina 9B foi observado o corte transversal do eucalipto, onde o enfoque de observação foi a epiderme abaxial, a epiderme é a primeira camada externa, nela podemos observar os estômatos com as células guarda, abertura que permite trocas gasosas nas folhas. Também foi observado o parênquima paliçádico e o lacunoso.

              Na lâmina 47B foi observado o pecíolo da folha de Cácia através de corte longitudinal, onde observamos que externamente nota-se fileiras de células parenquimáticas apresentando, cada uma, um cristal prismático de oxalato de cálcio; essas fileiras de células são denominadas bainha cristalífera.

Na lâmina 48B foi observado pelo corte transversal do pecíolo foliar, câmaras com oxalato de cálcio. No pecíolo em análise, notou-se diversos feixes vasculares no parênquima e encontramos câmaras bem grandes armazenadoras de ar onde se localizam alguns idioblastos contendo oxalato de cálcio em forma de rafídios.

 

5. Conclusão

 

             O objetivo proposto na prática, que é o de observar a presença de substância ergásticas nas espécimes do laminário permanente da instituição, foi alcançado, uma vez que nas lâminas observadas, pode-se notar a presença de cada item específico sugerido para análise pelo professor, além de fornecer com riqueza de detalhes e imagens a composição de cada corte estudado.

 

6. Referências Bibliográficas

 

OLIVEIRA, Fernando de. MARIA Lúcia Saito: Prática de Morfologia Vegetal. – São Paulo: Editora Atheneu, 2000.

Manual de Microscopia Aplicada a Biologia – cedido pelo Professor Dr. Guilherme Araújo Lacerda.